Uma nova forma de cultivar e comercializar produtos orgânicos e agroecológicos vêm fazendo sucesso em diversas regiões do Brasil, como a interessante experiência no Distrito Federal exibida pela reportagem da TV Nacional do Brasil (*) que o Diário Verde repercute.
A ideia é firmar parcerias direto entre produtores e consumidores, uma cadeia produtiva inovadora que vai do plantio até a gestão e distribuição de alimentos. Leia abaixo e assista o vídeo.
Trata-se de uma proposta das comunidades para sustentar a agricultura orgânica. As Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSAs) colhem frutos por onde passam, e hoje já contabilizam mais de 70 unidades espalhadas pelo país,
A iniciativa é originária da Alemanha, no final do século 19, e basea-se no conceito de Agricultura Solidária, ou seja, a CSA se apoia em uma parceria mútua entre quem planta e quem consome.
Somados a este princípio, estão a produção orgânica e o escoamento de alimentos de forma direta.
Internacionalmente conhecido pelo nome Community Supported Agriculture, o conceito reverberou no Fórum Mundial de Porto Alegre de 2011. No mesmo ano, foi criada a CSA Brasil, que deu início à formação e à divulgação da proposta.
Hoje, as CSAs estão presentes em oito estados – Amazonas, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e no DF – onde já foram contabilizadas, pelo menos, 21 Comunidades que Sustentam a Agricultura.
As agitadoras do movimento em Brasília, Fabiana Peneireiro, Renata Navega e Andrea Zimmermann (foto acima) organizaram a primeira palestra sobre o assunto no Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB), em 2014.
Financiamento coletivo e corresponsabilidade na produção agroecológica
Para fazer parte de uma CSA, há uma relação de parceria e confiança entre os participantes.
De um lado, o agricultor levanta seu custo anual, ou semestral, tais como: impostos, custo com água, transporte para entrega, adubo orgânico, etc.
Do outro lado, os membros da comunidade assumem o financiamento coletivo da produção.
Dessa forma, o agricultor assume o compromisso de uma produção agroecológica necessário ao consumo próprio e das famílias que fazem parte da CSA.
E, como não há consumidor, e sim coagricultor, os demais membros assumem uma postura ativa e não passiva diante da produção e da colheita.
São distribuídas tarefas para que os coagricultores se responsabilizem pelo funcionamento da comunidade. Entre algumas tarefas estão: administrar as finanças, ajudar na comunicação e auxiliar na montagem das cestas de alimentos.
Quer saber mais:
Secretaria Especial da Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário
Sustentável na Prática-Toca da Coruja-Brasília
(*) Conhecida pela sigla NBR, também chamada de TV NBR
CONFIRA A ÍNTEGRA DA REPORTAGEM